segunda-feira, 25 de maio de 2009

Postagens especiais [2]

Olá galera, bem, a convite do nosso querido Kapilo, estou aqui hoje para a série de postagens especiais dele. Escolhi hoje dia 24 de maio, porque hoje é o meu aniversario. E não pensem que é pra receber parabéns não. Muito pelo contrario. Hoje, faço 15 anos. E vocês iram me dizer: “ok, o que são 15 anos, você ta saindo da frauda”. Comentário que relativamente me faz virar bicho.
A relação criança – adulto, as vezes me incomoda por ser relacionada, a imaturidade – maturidade. Mas quer saber de uma coisa? Considero alguns dos quarentões que eu conheço mais imaturos que eu. Sabe aquela pessoa que não tem papo, sai pra curtir sem responsabilidades? Julga isso maduro?
Maturidade me faz acreditar que para alcançá-la precisamos nos autoconhecer. Amadurecer não é virar Mamãe e Papai, Vovô e Vovó... Não é repetir atos, padrões, certezas e regras. Amadurecer é se descobrir.
Quando tinha 4 anos, acreditava que chegando aos 8 já era ‘gente grande’, quando tinha 8, fantasiava os 10, e dos 10 pra cá os 15. Juro que acrediava que quanto mais velhos ficássemos mais nos tornaríamos resistentes às emoções: mortes não nos causavam tanto assombro, decepções não nos levavam ao chão, as perplexidades diminuíam e a aventura de estar vivo parecia cada vez menos excitante. Hoje eu sei de uma coisa que não sabia a algum tempo atrás, e sei que no meu aniversario de 30 anos vou saber coisas das quais nem imagino hoje. Uma delas é que amadurecer nos torna fortes sim, mas isso não tem nada a ver com a quantidade de anos vividos. Amadurecemos muito com os sofrimentos, as perdas, a distância, a saudade, os diversos “pra sempre” e “nunca mais”, mas amadurecemos também com experiências únicas de encontros na vida.
Quando meus pais se separaram e eu tinha 7 anos, eu aprendi a lidar com a realidade. Não deixei de acreditar nas fadas, mas não esperava mais que elas viessem me por para dormir. Com 7 anos eu me tornei o que eu sou hoje, e hoje percebi que passei minha vida inteira espiando aquela cena, e me tornando mais forte a cada dia.
Amadurecer não significa perder o encanto pelas coisas que vivenciamos, antes saboreá-los com menos pressa e mais ternura. Amadurecer não significa perder a vibração e a magia do novo, mas vibrarmos numa outra faixa, com mais responsabilidade pelos nossos sentimentos e pelos alheios.
O que eu quero dizer com tudo isso?
Que independente da idade, o que interessa mesmo é o pensamento, e como ele se forma. É reconhecer os seus erros, sem buscar um culpado externo para eles. Para ser feliz é necessário aceitar quem somos hoje. Aceitar nossos defeitos e reconhecer as nossas qualidades. Você não se torna maduro aos trinta anos.

Bom eu sou a Tuany, e espero que pensem em tudo isso. Pra quem gostou e quer mais acessem ‘Por Qualquer Razão’ (http://porqualquerrazao.blogspot.com/) que lá tem mais, e não se esqueçam de comentar aqui e lá!
E obrigada pelo convite Kapilo, fiquei muito feliz!
Valeu galera! Beijão!

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OBS - Esse post era pra ter sido publicado ontem.

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