segunda-feira, 11 de maio de 2009

K.de.Kapilo ENTREVISTA!

E aí pessoas, tudo bem?
Segunda-feira chegou e com ela toda aquela expectativa pela semana. Pra iniciar o post, desejo a todos uma ótima semana, cheia de energia positiva, muitas risadas e boas ações.
Bom, conforme eu prometi, hoje eu vou postar o novo Quadro: "K.de.Kapilo Entrevista!". A nossa primeira entrevista é com a Tuany Baron, vice-presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Nossa Senhora do Rosário. O tema: Grêmio Estudantil. A entrevista é um pouco longa, mas realmente vale a pena conferir.
Na entrevista, a Tuany fala um pouco sobre o que é o Grêmio, qual a importância de um Grêmio para um colégio e também fala um pouco sobre sua trajetória. Vale a pena conferir.


K.de.Kapilo - E aí Tuany, tudo bem?Primeiramente, queria te parabenizar pela eleição.

Tuany Baron - Salve, salve kap’s. Tudo bem sim! Fala galera do blog, tanquilo? Antes de tudo muito obrigada, não só pelos parabéns, mas pelo convite também, estou muuuito feliz, de verdade. E espero que vocês gostem do que vem pela frente.

K - Pra começar, eu gostaria que você explicasse para os nossos leitores, o que é um Grêmio Estudantil?

T – Bom se jogarmos lá no Google, vai aparecer algo do tipo “O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.”. Mais do que isso, Grêmio Estudantil é acima de tudo ‘aprendizagem’. Nele é o primeiro passo dos jovens para cidadania, nele aprendemos que responsabilidade é uma coisa que devemos ter sempre, e aprendemos como te-la. Além de tudo, o grêmio desperta em você o espírito de coletividade, comunicação, e faz você querer fazer valer os seus direitos.

K - Na tua opinião, qual a importância de todo colégio ter um Grêmio Estudantil?

T – Todo lugar tem alguma coisa para ser mudada, ou até mesmo aperfeiçoada. E os colégios e instituições de ensino não fogem da regra. Hoje, a maioria dos alunos não sabe reivindicar, e sim reclamar. Sentam e esperam acontecer. Quando você entra em um grêmio você vê que na verdade, o que falta, é você levantar e ir à luta, contestar e opinar principalmente. E creio que apesar da coordenação de algumas escolas tentarem barrar o trabalho do grêmio, ele favorece os dois lados: você vai provavelmente melhorar o que não está bom pra todos, e o colégio vai sair ganhando, pois creio que quando estudamos com satisfação, rendemos mais, e consequentemente o colégio ganha muitos pontos.

K - Como surgiu a idéia de participar de um Grêmio Estudantil? Conte um pouco sobre sua trajetória.

T- Na verdade foi assim, desde criança eu fui muito ligada nessas coisas. Tomar frente em sala de aula, me expressar, falar mesmo, sempre tive espírito de liderança.
Mais ou menos em 2004 minha mãe casou novamente, e meu novo ‘papai’ fez parte do movimento dos caras pintadas, foi pra rua na ditadura, fez parte do auge do movimento estudantil no país, e eu adorava aquilo tudo.
Até que um dia eu fui convidada pra participar do Grêmio Estudantil D. Alfredo Novak, do Leão XIII, a partir daí falei: “é isso que eu quero, é disso que eu gosto, e é ai que eu vou conseguir por esses espírito de liderança em uma coisa construtiva”
E realmente, foi muito bom mesmo, aprendi muita coisa, fiz grandes amizades, e vi que, meu, não é que é bom?


K - Você fez parte do Grêmio Estudantil D. Alfredo Novak (GEDAN) no Colégio Diocesano Leão XIII por quase três anos. Quais foram os pontos positivos e os pontos negativos dessa experiência?

T – Os pontos positivos foram como eu já disse, tudo que eu aprendi, tudo que eu conquistei, além de poder ver os resultados depois, e falar: fui eu que fiz!
Os negativos, bem foram muitos. Ver que a maioria dos adolescentes de hoje não querem nada com nada, que mesmo que você de o seu melhor, que você faça o melhor vai ter uma porcentagem relativamente considerável que vai apontar e dizer que você não fez nada. Da falta de interesse, da desmotivação. Das vontades de desistir e jogar tudo pro alto às vezes.
Mas vale muito a pena tudo isso, você se prepara pra vida, e muitas vezes até entende todas as reclamações dos seus pais. Você sente na pele. Percebe que nada cai do céu e vem de graça.


K - Você guarda algum momento marcante que você tenha vivido no Grêmio Estudantil?

T- Nossa, vários. A primeira reunião que eu fui, que você estava presidindo ainda. A posse ano passado, tremia muito, tava muito nervosa. As preparações do intersalas, a correria, o resultado. As brigas de diretoria. O primeiro contato com o CEFA/UMESP. Nossa muita coisa mesmo.

K - Quais foram suas principais conquistas?E quais foram suas principais frustrações?

T – Começar pela segunda pergunta acho que nesse caso é melhor. A minha principal frustração foi ver todo mundo animado em março, e em outubro não ter mais quase ninguém nas reuniões. É o desmotivamento mesmo.
Quanto as conquistas; acho importante frizar que o grêmio em si, já é uma conquista. O envolvimento com ele, meter a cara é a maior vitória. Levantar do sofá, e ir lá e falar: eu faço a diferença! E mais do que falar, fazer a diferença.


K - Em 2008 você foi um elo importante entre o GEDAN e o CEFA (Centro Estudantil Fernando Amaro), trabalhando junto com o presidente Getúlio Rauen. Você pretende concorrer ao cargo de presidente do CEFA nesse ano (ou no próximo)?

T- De maneira alguma. O Getúlio é uma pessoa que eu admiro muito, e me espelho em sua competência, caráter e seu trabalho. Creio que não devemos trocar o certo pelo duvidoso, ou melhor, acho que eu não faria o mesmo trabalho, ou melhor, a experiência dele nesse caso conta muito. Mas quanto a cargos do CEFA de diretoria, ou subordinadas, quero sim fazer parte. Para daí, ganhar a dita experiência, e quando o Getulio não mais puder, talvez, pensar numa candidatura, algo que hoje, está fora de cogitação.

K - Como surgiu a possibilidade de concorrer ao Grêmio Estudantil do Rosário?Quais foram seus principais motivos?

T- Como você disse, no ano passado eu estive muito ligada ao CEFA, que para os que não sabem é um órgão não governamental, porém de utilidade publica, que administra, podemos assim dizer, todos os grêmios da cidade. E nele eu vi que o Grêmio do Rosário não participava, e chegou até a ser exonerado, se não me engano por não trabalhar, e depois fui saber que esse grêmio nunca funcionou, era só por nome.
Esse ano, fui estudar lá, sem intenção nenhuma de participar de um Grêmio, mas o Getúlio me fez essa proposta, e eu depois de um tempo, e de certa insistência acabei aceitando. Aceitei, para reerguer aquele Grêmio, nós temos uma coisa em comum que é o querer resgatar aquela ânsia de mudança nos jovens, acabar com o comodismo, que diga-se de passagem é parasitário.
Enfim, fiz alguns amigos, mas não sabia quem aceitaria encarar esse desafio, mas por coincidência esses novos amigos queriam a mesma coisa que eu. Conclusão: eu entrei com a “experiência” e eles com a vontade de fazer acontecer.


K - Após a vitória e a posse, quais são os planos do Grêmio Estudantil do Rosário?

T- Nosso principal objetivo é colocar escaninhos pros alunos. Existe uma lei que diz que a mochila escolar tem que ter no máximo 10% do peso do aluno, e a nossa com certeza passa muito dessa porcentagem. E mais que uma lei, isso é uma questão de saúde. Além disso temos o desafio de reerguer um grêmio parado, sem colaboradores, sem apoio da coordenação, sem os alunos saberem o que é um grêmio.

K - O que você espera desse mandato?Quais são suas principais expectativas?

T- Mais do que uma expectativa, acho que é um desejo, desejo de no fim do mandato ver que nossas metas foram alcançadas, o reconhecimento dos alunos, diretoria, professores e pais. E ver que todos que entraram comigo nesse barco continuaram nele até o fim.
Acho que a chapa toda está bem consciente da responsabilidade que assumiu, dos problemas que vão ser enfrentados, e vontade de fazer acontecer está clara para todos.


K - Considerações finais.

T- Agradeço ao Kapilo, novamente pelo convite, e por tudo que ele me ensinou, afinal foi a primeira pessoa que me estendeu a mão, e confiou, por tanto tempo. A vocês pela paciência. A todos que estão comigo aí desde o começo.
E peço que vocês se lembrem de uma coisa que eu sempre digo: Jovem que não tem sonhos, não é jovem. Jovem que não quer mudar nada, não é jovem. Temos que resgatar a juventude. Nós fazemos não só o nosso futuro, mas o da nação inteira. As mudanças cobradas no Brasil hoje, somos nós que podemos fazer amanhã.


Agradeço a entrevista concedida pela Tuany Baron, vice-presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Nossa Senhora do Rosário, para o blog. Desejo toda sorte do mundo nessa batalha estudantil.

Realmente a vida de um membro de um Grêmio Estudantil não é nada fácil. É muitas vezes frustrante e decepcionante. Mas também, ajuda-nos a crescer como pessoa e a cada dia que passamos no Grêmio percebemos que podemos mudar o que está errado. Acima de tudo, percebemos que devemos mudar, que é a nossa obrigação. Um dia, os estudantes lutaram por tudo que acreditavam. Um dia, os estudantes lutaram e conquistaram seus objetivos. Não faz tanto tempo, mas já está na hora de revivermos esses dias.
Pessoas como o presidente do CEFA, Getúlio Rauen, e como a Tuany Baron estão no caminho certo e merecem todos os nossos aplausos.
O K.de.Kapilo deixa o blog sempre a disposição de vocês!

Um comentário:

Tuany Baron disse...

valeu kapilo!
E veja, com foto e tudo *-*
mas então um dia tudo isso aconteceu e foi bom, só que isso nao devia ter acabado e temos que mudar..
quem quiser entrar em contato, pode entrar pelo orkut "tuany baron"e pelo blog http://porqualquerrazao.blogspot.com
mais uma vez obrigada! beijos