
"Cláudio Eizirik é gremista e ex-presidente da Sociedade Psicanalítica Internacional, a mais importante entidade do gênero do mundo, fundada por Freud em 1910.
– É um episódio que exemplifica que o futebol é paixão. Não é algo movido pela razão. E a lógica da razão é diferente da lógica da paixão. Pela razão, o Grêmio precisa ganhar. Pela paixão, é compreensível e aceitável o desejo do torcedor de perder. Freud afirmou que as massas ficam cegas em determinados momentos, dominadas por desejos e fantasias. Não vejo nada de imoral nesta situação. É só a lógica da paixão – diz Eizirik, que acrescenta: – Mas reconheço que é um dilema para a direção. Há terceiros envolvidos.
Mário Corso é colorado e psicanalista. A exemplo de Eizirik, concorda com o dilema dos dirigentes gremistas. Se perder com indícios de falta de empenho, ele entende que a reputação do Grêmio pode ficar manchada. Se a dedicação for extremada por ordem da direção ao ponto de resultar em vitória sobre o Flamengo e título para o Inter, haverá conflito com a torcida.
– Os dirigentes do Grêmio deveriam ficar em silêncio nesta hora. Na verdade, isso tudo me parece uma brincadeira do Grêmio. Mesmo que precisasse ganhar do Flamengo para não cair, o Grêmio não conseguiria, pelo que o Flamengo está jogando. O Inter deixará de ser campeão por incompetência sua, e não culpa do rival. O Grêmio está entre a imortalidade e a imoralidade. O mundo é maior do que a rivalidade Gre-Nal. Além do mais, é pouco viril entrar em um jogo para perder – afirma Mário Corso."
blog Diogo Oliver: http://www.clicrbs.com.br/esportes/rs/noticias/futebol-gremio,2734731,O-dilema-do-Gremio.html
A rivalidade não se explica em torcer contra o próprio time. Ser rival é torcer contra o time adversário.
Grêmio: Jamais torcerei por sua derrota!
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